25.4.06


Notícias Breves, Retorno Em Seguida...

Estou na ativa...Ôoooooooooo se to ..rs...Fui dar umas voltas pela vida ...Massssssssssssss, volto em algumas horas...Talvez 12, talvez 24, talvez 48 ou 72 horas ....
Enquete da semana:
E Vocês, estão na ativa ? ??

15.4.06

Quando O Príncipe Bate Cartão e a Princesa Usa Crachá.... ( Porque Nem Toda História de Amor É Um Conto De Fadas) ...By Thiago de Mello e Ana D
Acordou ainda era noite. Esfregou os olhos, esticou o corpo, deu um gemido meio mole ainda, devido ao sono. Preguiça. Levantou, lavou o rosto, escovou os dentes, trocou de roupa, um copo de leite. Suas tranqueiras penduradas no ombro e lá se vai ele. Um vulto solitário naquela madrugada que aos poucos virava uma manha cinzenta e fria. Neblina que não deixa ver o horizonte. Ônibus lotado. Falação de alunos de um escola publica. Destino enfim. Trabalho, trabalho, trabalho. Almoço temperado com assuntos sobre trabalho, trabalho, trabalho. Bate cartão, vários minutos após o horário oficial. Carona até a faculdade, caminhada debaixo de uma garoa gelada. Papo com os colegas, aula de Matemática. De volta pra casa, ainda debaixo de garoa. Parada no meio do caminho para um cachorro-quente. Em casa um banho, outro copo de leite. Cama. No pequeno rádio ao lado da cama "Morphine". Fecha os olhos e um pensamento enquanto o sono não vem: "Falta ela aqui do meu lado. Falta ela aqui na minha vida."
Ela acorda as 7:15, abre um olho, olha o relógio...Ahhh, ainda mais 15 minutinhos de sono...Se aconchega na coberta...7:30 o maldito relógio no quarto ao lado começa a gritar escandalosamente...Ninguém acorda pra calar a boca da coisa...Ela se arrasta até lá e trava o bicho...Vai pro banheiro, olha a cara no espelho, cabelo desgrenhado...Lava o rosto, passa um creme Nívea, escova os dentes, veste o terninho escuro com a blusa branca, engole um café preto puro e forte, coloca o celular na bolsa, procura o crachá, passa um batom e um brilho, esconde a cara de sono com o rayban escuro, chama o elevador, perde a paciência porque ele para em TODOS os andares, desce a rua correndo, desce as escadas do metro correndo, entra no vagão correndo, chegas as 8:05 correndo, pendura o crachá no pescoço, senta-se em sua mesa de trabalho e pensa “saudade, vou mandar uma mensagem pra ele...bom dia querido, ótimo dia de trabalho, te amo, saudade e afeto... " Quando abre o e mail ja tem uma dele lá a esperando...Ela responde e eles vão trocando palavras amorosas entre uma tarefa e outra.
Hora do almoço comidinha árabe arroz com lentilhas e kaftas de frango, conversinha trivial com colegas de trabalho, retorno ao batente, mais atendimentos....Ouve , sugere, dialoga, se perde em pensamentos, desvia atenção e pensa nele...Volta a reunião, o que eu estava falando mesmo ?? Ahh sim, projeção de gastos para a próxima obra do condomínio...17 hs fim do expediente, os colegas sugerem happy hour, ela desconversa, cansada, quer só ir pra casa...Vai caminhando dessa vez, olha as vitrines, percorre as calçadas onde caminharam juntos da ultima vez que ele veio vê-la...Chega em casa, escreve, lê, vê TV, um banho morno, um pratão de talharim com molho de tomate e frango desfiado, mais TV, sono, cochilo, telefonemas, diálogos amorosos e conta-se o dia..Ele fala, ela fala...Riem juntos por quase uma hora..Lembram da ultima conta de telefone...”Te amo, boa noite querido, boa noite querida dorme bem”...Contam até 3 e desligam juntos...Ela, a cabeça no travesseiro pensa “que seja breve essa ausência dele nos meus dias”...

9.4.06

Um Dia De Adeus...

Nada havia a fazer. Haviam sido vencidos pelas pequenas dificuldades da vida. Pela falta de sonhos. Pela desistência ao amor. Pela impossibilidade . Todos os planos amorosos, as juras de paixão, a intensidade do encontro inicial, haviam sido sombreados por algo mais forte: o vazio da distância, a realidade cotidiana, a demora em concretizar, a impaciência. Ela sempre tinha força pra superar, mas ele, afetuoso, carente e impulsivo, havia preferido abrir mão daquele tipo doloroso de amor, onde a distância o fazia sofrer.

A tarde, como convinha a melancolia daquele daquele momento, perdia as cores e era de um cinza nublado. Ele segurou suas mãos, olhou para aquele rosto que tantas vezes vira sorrir daquela forma que tanto o encantava, aquele sorriso de dentinhos tortos e lábios rosados, onde agora so via imensa tristeza...Afastou uma mecha do cabelo castanho, tocou de leve sua face com as pontas dos dedos, sorriu triste e lhe disse adeus com os olhos... Ela compreendeu ..Ele cruzou a porta, fechou-a bem devagar, como pra prolongar a despedida, sem coragem de partir , sabendo que pra trás ficaria todo seu sonho, sua vida, seu coração, seu amor...Sentiu-se vazio, desesperado...Podia a ver parada, com as mãos no colo, entorpecida, com as lagrimas grossas e o choro baixinho , pra dentro de si , que era o jeito que ela tinha de sofrer...

Ele andava pela calçada, não via quem passava, não sabia por onde ir, uma angústia crescendo...Seus olhos ardiam, seu coração descompassado...Na sua frente só a imagem dela...Os dias, a chuva, os sorrisos, as promessas, uma vida juntos..E agora...Não cogitava os dias sem essa esperança, não se via sozinho sem ela...As lágrimas agora eram imensas, a dor, o vazio, a repentina solidão da ausência daquela moça engraçada e complicada que sabia amar...Os passos o distanciavam dessa vida que ele queria pra si...E que só podia ser com ela...

Refez o caminho, como um louco, correndo por entre a multidão, a mochila aberta, perdeu o livro de sonetos que ela havia lhe dado, deixou as folhas de rascunho de poesias dedicados a ela voarem com o vento...Corria, corria, corria...Pulou o portão, abriu a porta depressa, temendo ver a sala vazia, sem móveis....Mas nem meia hora havia se passado...E la estava ela do mesmo jeito, sentada, triste, com as lagrimas a caírem no colo...Quando o viu, abriu o sorriso que lhe iluminava os dias, e ele a abraçou, e teve a certeza que nunca conseguiria despedir-se , nem por um dia...Estariam longe e ainda assim estariam perto...Porque ele havia tido a certeza, naquele dia de adeus, que a dor de uma separação pra sempre seria insuportavelmente pior que as despedidas breves , que sempre continham a esperança de revê-la...

6.4.06


Uma Breve História

Ele era um rapaz triste que fingia ser alegre
Ela era uma moça alegre, mas que por dentro era triste
Ela já tinha aberto a porta e hoje em dia vivia trancada
Ele vivia com a porta encostada na esperança de um dia alguém abrir
Um dia ela precisou de um pouco de açúcar em sua vida
Ele olho pela fresta e lhe ofereceu , ela aceitou.
Mas depois de algum tempo ambos bateram a porta com força,
um na cara do outro
e devolveram tudo que haviam se dado.
Ela ainda tentou
Ele aceitou aquilo que já não era seu
Percorreram o longo corredor escuro
Ela sugeriu e eles entraram em casa...
Mas ai, bagunçaram tudo,
A louça quebrada, os sonhos espalhados pelo chão
Olharam-se tristes e desolados
Nas mãos somente os cacos...
Já não existia sombra daquilo que sonharam ser....
Viraram as costas e trocaram o segredo da fechadura.......
Ele voltou a ser triste
E ela fingiu ser alegre...

2.4.06





Nosso Universo Paralelo

No fim o objetivo maior da vida é alcançar sonhos.O ser humano ta sempre "em busca de algo"...Trazer os sonhos pra vida que temos ao nosso alcance é o mais difícil, é a luta de quem não se contenta com o que lhe é reservado ..O sonho não cabe na realidade... A realidade é muitas vezes preto e branco..Nossos sonhos são luz, é o vermelho que existe e o vermelho que reinventamos...Sonhos são vidas vividas em dias, são transformações feitas em estalar de dedos. São sentimentos ao cubo, são emoções delirantes, são estranhamentos, é a confusão mental. No sonho tudo que parece não poder, passa a ser.. O que parece ser inimaginável se revela possível. E tudo que parece ser real, pode sem aviso, se esvair... Pensamentos racionais são domados pela emoção, o descontrole pode tomar forma...A inconsequência e a loucura nos torna inconscientes..O sonho é uma outra dimensão, é la que vivemos, de fato, a existência que realmente desejávamos...