29.11.11




Poema Para Bukowski Pra Você Pra Mim Pra Muitos

As vezes sinto medo do que sinto
E sentindo vou seguindo
Tropeçando, chorando, martirizado
E ainda assim dando a cara pra bater
Maltratando o coração
Vendo o que ninguém mais vê
Ser diferente ?
Nem da pra ser
Me vejo como reflexo rápido no espelho
A foto captada
O espírito inconformado
Inquietude
Nunca reflito
Se reflito não sigo
Sempre procurando o desejo
O modo de viver amanhecendo
Vivo a cada dia
E cada dia que vivo
Crio meus próprio código de guerra
Combatendo o que vem pra me matar
Ferro, fumo, líquido, sangue fluído
As cores as cenas viagens
Minha lucidez escapa
Meus passos tropeçam
Amanheço entre o que fui
E o que sou
Vivo na madrugada
Faço textos pra comer
Me nutro de minha intensidade
Me devoro, me vomito,
Sou louco, amo os feios
Esquisito, admito...
Vim pra ser, nunca entender
Confundir, chocar
Mas por que
Só quis viver...
O mundo vale a pena pelos loucos...
As suas dores, copos, tragos e livros
As suas recaídas, mortes em vida
Admiráveis os que são compostos
Por tudo que intensamente arde...

“...e me tornei um vagabundo
eu vivi contando os centavos
dormindo em quartos baratos
e em cima dos passeios
eu pensava que talvez os vagabundos
soubessem de algo....” Bukowski

28.11.11



Porque Eu Te Reconheci

As vezes te acho a coisa mais bonita do planeta
Não por sua pele rosada e sua bunda perfeita
Mas pelo poder de sua poesia
Que palavras tão fortes !

A maneira que você fala o que da na veneta
O jeito que você nasce e vive
Nada do que diz me parece incoerente
Pode ser intenso, doido, mas entendo o que você sente

O modo impaciente, urgente de querer coisas
Entendo perfeitamente
Todos os lados que tem
Todas as possibilidades

Eu que me sentia estranha e estranha eu sou
Ganhei uma certeza, minha estranheza
Não me é estranha se com você estou
Estar no sentido de trocar palavras e se reconhecer

Olhar em volta e nem todos os queridos te entenderão
Mas existem pessoas que te trazem sintonia e é tão bom
Fale o que quiser, beije quem bem desejar
Chore debruçado na mesa, sem ninguém esperar


Não se faça entender, não responda as perguntas
Seja quem você quiser ser
As vezes nem sei se é real
Parece filme de infância

Toco as pontas dos seus dedos brilhantes como em ET
E nem quero voltar pra casa
Minha casa é em você
ET home
Se você for me sinto alone...

Uma vez eu tentei explicar
Falo com você sobre paixão e trepar
Não te vejo nas tardes comuns,
Mas sei que é um mar
Um mar-amar-de-amor-seja o que for

È surreal amor
Platônico não cabe
De verdade quem sabe
Ídolo não é
Porque não tenho adoração
Sinto tristeza, as vezes comoção
Ainda assim todos os gestos me remetem ao coração

Como pode ser,
Um cruzar de vidas inclassificável
Ás vezes penso coisas que contaria pra você
E tanta vezes conto sem me aperceber
Espero não nos perder.



É como confidenciar e ouvir o poeta das estantes
É como conversar com os título que amo da biblioteca
Jamais desperdiçaria um momento com você
É como meditar com George Harrison
Beber com Winehouse
Falar de sexo com Hilda
Beijar na boca do Gary Oldman

Ter você por perto é surpreendente
Eloquente
Sempre fiz poenóides no metrô,
No Mac Donalds, no elevador
E agora muito mais...
Um beijo com amor

E sempre acho que devo agradecer
Você me faz tão bem
Hoje penso mais no que vivi
Exagero dizer que aprendi
Reflito penso minha história
Cada lembrança
O cheiro do café
O disco antigo
Meu vô e seu radinho de pilha
Ouvindo o jogo do Vasco
A vó e os livros do Lobato
Minhas férias em Rio das ostras
Meus amigos antigos meus amores perdidos
Tava tudo ali, talvez transforme em poema...
Talvez mostre pra você.

24.11.11



As Diferenças e A Saudade e Ele

Se eu digo sim , ele diz não
Se eu quero silêncio ele quer som
Se eu vou embora ele me pega pela mão
Se eu quero montanha ele quer sal
Se entrelaço as pernas ele come no chão
Se ele é do bem eu sou do mal
Quando vou ele volta
Quando agarro ele solta
Dobro a esquina
Ele imagina nua
Ele parece um sol
Me chama de lua
Toca as cordas e ata os nós
Gostei dele a primeira vez que experimentei
Ele repetiu eu capitulei
Ele tem fé eu sou descrente
Ele é comum eu diferente
Tem os olhos mais verdes do planeta
Eu não enxergo nada sou cegueta
Ele namora e eu gosto
Ele me desafia
E eu aposto
Pago pra ver
Beijo por prazer
Tateio pra saber
Fecho o olho pra enxergar
Tomo seu chá
Faço seu jantar
O mundo é pouco
O amor é muito
A sala pequena
O quarto não dá
Fico menos do que queria ficar
Você já vai
O mar separa
Como vou ser feliz
Santa saudade infinita....


Sem Desistência...Como o Sol e Como a Lua, Um dia Juntos.

Envio perguntas
Não responde pra mim
E tem problema ?
Não, eu gosto mesmo assim
Só o que fode
É que EU não ligo
Mas minha curiosidade ta a fim
A fim de saber, descobrir, especular
Se deito e durmo
Nem tem jeito
A parada fica a rodar...
Ele pensou
Por que você é assim
Olha vou embora
Mais seguro pra mim
Sob risco de paixão
Mudar uma opção
Vou ferrar um coração
Vou me enroscar
E no fim ficar na grade
Corpo mal amado é uma prisão
Perder controle
Pensar direto
Perder o rumo
Não faz o certo
Você não sacou
Eu faço canção
Mas quero seu corpo
E quero cama macia
Vou num vou
Isso é falta de timing
Quer ou não quer
Pensei na sua bunda
Você só tomou um café
Achei que tinha te dito
Sido claro
Te beijei com fervor
Te apalpei com amor
Você retribuiu me deixou te abraçar
E ai correu
Umazinha não dada
A esperança cortada
A raiva instalada
Foi o que ficou
Te faço um poema
Te digo o adeus
Na próxima esquina te pego de novo
Um dia vai ser meu...

Yeah !!

22.11.11



Codinome Santa Fé

Moço bonito de olhos velados
que ganha amores com poemas cantados
Moço raivoso, moço formoso,
vento virado, moço sim e moço não

Moço anarquista e coração
Se pergunta moço, porque é assim
Não terá as respostas
Dias sim e dias não
Dias sóbrios e solidão

Um mar-amar-de-amor-seja o que for...
Intensidade, densidade, confusão
Ser assim inevitável
O que fazer com a emoção ?
Pintar quadros, fazer música
Tomar porre, desconstruir com ilusão

Derrubar muros, refazer a construção
Sem limite, como um poste,
É a luz e ás vezes a escuridão
Dá risada, expõe revolta
Encantante violão
“Pá virada” amoroso
Com afeto uma canção

Descobrir o que te faz feliz
Alcançar o seu destino
Traçar retas, labirintos
Quebra- cabeças no caminho
Segue em frente,
E assim o que será
Sua eterna inquietude
De certo, não te trará a calmaria...
Ser diferente ?
Não tente, nem daria.